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Convento de Cristo

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Convento de Cristo


1983 a UNESCO declarou o Castelo Templário e o Convento dos Cavaleiros de Cristo de Tomar como PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE. Trata-se de um conjunto monumental ímpar e de rara beleza, imbuído em vários séculos de história. D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doou aos Cavaleiros do Templo de Jerusalém uma vasta região entre o Mondego e o Tejo, onde em 1160 D. Gualdim Pais, grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, viria a construir o castelo e fundar o convento, que tornaria este local, por terras de Tomar, sede da ordem em Portugal. Tendo-se tornado demasiado poderosa, a Ordem do Templo foi perseguida por Filipe IV de França e viria a ser extinta em 1312 pelo papa Clemente V. Porém, em Portugal e por ação hábil de D. Dinis junto da Santa Sé, as pessoas, os bens e os privilégios da extinta ordem acabam por ser integrados numa nova ordem, a Ordem de Cristo. Em 1420 o Infante D. Henrique tornou-se o Grão-Mestre desta nova ordem, cuja riqueza aproveitou para financiar os Descobrimentos Portugueses, conferindo-lhe um papel de notável importância e dimensão. Decorrente de várias mutações históricas, o convento de Cristo encerra no seu conjunto arquitetural testemunhos da arte românica com os templários, do gótico e do Manuelino com a era das Descobertas, prosseguindo com a arte do Renascimento durante a reforma da ordem, depois o maneirismo, e finalmente o barroco em ornamentos arquitetónicos. A charola, igreja do convento, era o oratório privado dos cavaleiros. De planta em forma de prisma octogonal, ou tambor, tem a sua matriz na igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém. É em torno da charola templária que se desenvolve ao longo do tempo o enorme convento, onde importa salientar o conjunto dos quatro magníficos claustros. Imagem ícone deste conjunto é a famosa janela manuelina que simboliza a árvore da vida e a árvore de Jessé, segundo as Escrituras. Representa a exaltação do desígnio imperial de D. Manuel, o rei, que se arrogava governar os homens por escolha providencial de Deus. Em 1834, com a extinção das ordens religiosas masculinas, a Ordem de Cristo é extinta, mas D. Maria II decide manter a Ordem de Cristo enquanto ordem honorífica. A Ordem de Cristo mantém atualmente essa dignidade, sendo o seu grão-mestre o Presidente da República Portuguesa.

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