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Óbidos Vila literária

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Óbidos (Vila Literária)


Vila de rara beleza, de casas brancas enfeitadas com buganvílias e madressilvas, guarda na sua essência séculos de história. Foi conquistada aos mouros pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em 1148.
Envolvida pelas suas muralhas medievais e coroada pelo castelo mouro, reconstruído por D. Dinis, Óbidos é um importante exemplo da fortaleza medieval portuguesa. Desde os tempos antigos, a principal entrada nesta lindíssima vila faz-se pela porta sul, de Santa Maria. É a entrada para um espaço mágico onde as muralhas se tornam douradas quando tocadas pelo sol poente. Ambiente medieval feito de encanto e ruas tortuosas, de velhas casas caiadas de branco com esquinas pintadas de azul ou de amarelo, de vãos e janelas manuelinas (rei D. Manuel I) adornadas de imensas e belas flores e plantas coloridas. Nestas ruas percorrem ainda histórias de bravos cavaleiros, reis e suas rainhas.
Óbidos é, desde 13 de junho de 2015, Vila Literária. A partir desta data podemos ver Óbidos de uma forma ainda mais estimulante, como nunca a tínhamos visto antes. A par da sua história e beleza medieval, encontramos também um local onde a literatura se sucede e se apresenta e o livro é a figura principal. Com uma presença permanente de agentes e de dinâmicas na área do livro, em diferentes suportes, promove-se a cultura da escrita e da leitura em atividades como festivais, apresentações, encontros, representações, projeções, concertos, sessões de leitura e de escrita. A vila está a encher espaços tão invulgares como igrejas, mercados, museus, entre outros, com livros novos e usados. As livrarias foram organizadas "de modo a serem complementares entre si". Há as "generalistas de livros novos, as generalistas de livros usados e raros e ainda as temáticas (de acordo com o local onde estão instaladas)". Nas galerias de arte, por exemplo, é possível encontrar livros de arquitetura, artes performativas, entre outras. Por seu lado, nos museus, a oferta recai, essencialmente, sobre livros de história e património. No caso de 'O Bichinho de Conto', na escola primária, encontram-se livros infantis e juvenis, enquanto que, no mercado, as atenções vão para o setor alfarrabista e áreas técnicas como ambiente e agronomia. Por exemplo, na antiga igreja de Santiago é possível encontrar tanto livros novos - com grandes tiragens -, como obras antigas e raras. Este projeto tem como objetivo futuro fazer parte da rede UNESCO das cidades criativas na área da literatura. E tudo isto numa só localidade.

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